"Memórias de um corpo eviscerado", de Elizabeth Brose.
“Memórias de um corpo eviscerado”, obra ficcional de Elizabeth Brose, doutora em Teoria da Literatura, conta a saga de uma mulher, revisitando suas memórias e reflexões fragmentadas, para compreender a si mesma como um ‘corpo’, uma unidade. Para aqueles que sentem angústia ou passam por tratamentos mais sérios, há muitas vezes a vontade de compartilhar recordações nesse tempo de prognósticos, observação de si mesmo e reavaliações. Assim faz a personagem principal de “Memórias de um corpo eviscerado”, com nenhum e vários nomes. O livro convida a entrar nos pensamentos dessa personagem-paciente, que ora se lamenta, ora se distrai, mas, acima de tudo, deixa sua marca, elabora sua história e se conhece através dela.
Entre descobrir quem é o verdadeiro eu e reencontrar a feminilidade no seu corpo eviscerado, a personagem nos conduz para dentro dos livros que lê: duas histórias dentro da trama principal. São as leituras da personagem: uma narrativa de guerra e outra sobre infância e novas tecnologias. “Memórias de um corpo eviscerado” é leitura imperdível para quem gosta de narrativa cadenciada, incomum, de leitura rápida, mas que prende a atenção.
A narrativa ficcional é acompanhada por ensaios nas áreas de Estudos Literários (Profa. Dra. Fabiane Verardi Burlamaque) e Humanidades Médicas (Prof. Dr. Ricardo Tapajós), além de um ensaio sobre a edição do livro (Betina Mariante Cardoso, Médica Psiquiatra e Mestre em Psiquiatria; fundadora e diretora da Casa Editorial Luminara).
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