Das
luzes às soleiras - perspectivas críticas na literatura brasileira
contemporânea
Das
luzes às soleiras - perspectivas críticas na literatura brasileira
contemporânea é
um livro de múltiplos encontros e trânsitos entre variados
escritores e temas contemporâneos, composto de quinze ensaios de
renomados especialistas, nacionais e internacionais, entre os quais
estão Antônio Sanseverino, Carmen Villarino, Léa Masina, Leila
Lehnen, Leonardo Tonus, Maria Eunice Moreira, Regina Dalcastagnè e
Ricardo Barberena. A obra surge do percurso dinâmico entre
diferentes espaços na literatura, tratando, em essência, do
conceito de limiar, o
qual não separa dois territórios, mas, contrariamente, possibilita
a transição de fluxos e contrafluxos.
Na
passagem das luzes da modernidade às soleiras da contemporaneidade,
ocorre uma substituição na nossa gramática teórica, em que se
abandona a categoria de limite: na soleira da escritura, no limiar
entre as áreas (como Escrita Criativa e Teoria Literária), é
impossível determinar onde acaba e onde começa a especificidade de
cada espaço de conhecimento. E sair de uma zona hermenêutica de
conforto pode ser algo desafiante à relação que estabelecemos com
o cotidiano e seus atores. Sendo assim, visitar o limiar é
manifestar um desejo de não adesão aos valores triunfantes das
narrativas oficiais e canonizadas, é compreender a literatura como
um campo minado de batalhas de um conhecimento em constante
metamorfose. Nas palavras de João Gilberto Noll, que assina a orelha
do livro, “É da força que pode advir nesse universo ficcional que
surge a sua função política, não um regramento salvacionista, as
microexplosões balsâmicas que afastam o leitor do conformismo,
abrindo-lhe de surpresa um limiar”.
Foi
com o propósito de contemplar tal sorte de questionamentos,
reflexões e diálogos que os professores e pesquisadores Ricardo
Barberena e Vinícius Carneiro organizaram Das
luzes às soleiras.Trata-se
do primeiro volume da Série Limiar, da qual Barberena é idealizador
e coordenador e cujo objetivo é fomentar um debate crítico acerca
dos múltiplos quadrantes identitários da literatura brasileira
contemporânea.
Título:
Das luzes às soleiras - perspectivas críticas
na
literatura brasileira contemporânea, Série
Limiar, v. 1
Organizadores:
Ricardo Barberena e Vinícius Carneiro
Ano
de lançamento:
2014
Número
de páginas:
408 p.
Dimensões:
12 x 17 cm
ISBN:
978-85-62989-11-7
Preço:
R$ 42,00
Do trauma à trama: o espaço urbano na literatura brasileira contemporânea
Sociólogos
e historiadores consideram o século XXI como aquele em que as
cidades retomaram para si uma relevância política que se assemelha
à que tinham antes da formação do Estado moderno. A
chamada emergência da cidade está associada ao fenômeno
da glocalização –
o fato de que o poder do Estado-Nação, juntamente com suas noções
de fronteira, território e cultura nacional, está sendo posto
duplamente em cheque. Nas grandes questões políticas contemporâneas
como direitos das minorias, migrações, superação da pobreza,
diversidade cultural e desenvolvimento sustentável, há uma
colaboração entre o local e o internacional na revisão e
transformação das noções tradicionais da política associadas à
soberania estatal. Esta é uma das perspectivas pela qual podemos
entender o contexto contemporâneo e, portanto, esse espaço-tempo em
que se desenvolve a literatura brasileira das últimas décadas.
Se
perdemos em prazer estético ao reduzir um texto literário a uma
interpretação sociológica; também reduzimos nossa percepção e
capacidade crítica ao desconsiderar o panorama sociocultural em que
uma obra está inserida. Ainda mais quando estamos tratando
do nosso tempo.
“Do
trauma à trama: o espaço urbano na literatura brasileira
contemporânea”
– segundo livro da série Limiar, com realização da Luminara
Editorial e organização do Prof. Dr. Ricardo Barberena (PUCRS) e da
Prof. Dra. Regina Dalcastagnè (UnB) – reúne artigos que têm como
grande trunfo dar conta do nosso tempo,
com um olhar engajado neste duplo valor da literatura. Neles, a
riqueza das análises sobre as particularidades da forma literária
convive com o interesse crítico pela realidade sociocultural em
diálogo com as obras.
A
seleção dos artigos feita por Barberena e Dalcastagnè possui uma
coesão que, não obstante as particularidades de cada autor, é dada
pela conversa entre o literário e o social, em sua problematização
do espaço urbano. Além
dos artigos assinados pelos organizadores, o livro é composto por
dez textos de pesquisadores nacionais e internacionais, são eles:
Luciene Azevedo (UFBA), Sophia
Beal (Universidade de Minnesota), Milton Colonetti (PUCRS),
Luciana Paiva Coronel (FURG), Ângela Maria Dias (UFF), Alexandre
Faria (UFJF), Friedrich Frosch (Universidade de Viena), Jeremy Lehnen
(Universidade do Novo México), Lucía Tennina (Universidade de
Buenos Aires), Lúcia Osana Zolin (UEM).
O corpus das
análises é a literatura brasileira contemporânea, mas o seu escopo
tem a natureza glocal do
século XXI, dando mostras de que as cidades são mais que cenário
de narrativas, canções, poemas e vidas – são entidades
políticas, sociais e culturais em constante redesenho, devido ao
trânsito e ao discurso dos sujeitos.
Os
assuntos são diversos: literatura marginal, autobiografia e
migração, crise da masculinidade, autoria feminina, escrita do
cárcere, representatividade das vozes de mulheres na periferia, o
espaço urbano de Brasília, o deslocamento como estratégia
narrativa e reflexo da instabilidade do sujeito, os atores políticos
em jogo na definição do sistema literário. A essa diversidade
temática corresponde, porém, uma mesma preocupação estética e
crítica com a potência do texto literário para a representação e
a constituição das geografias sociais.
Como
escreve o professor Barberena, “refletir sobre os traumas de hoje é
pensar sobre os traumas do transitar”. Assim sendo, problematizar o
espaço urbano na literatura contemporânea é questionar a própria
noção de espaço – do local ao global, passando pelo nacional –
e, portanto de fronteiras, limites, possibilidades e cerceamentos da
mobilidade e do trânsito. De que modo os recursos estéticos da
forma literária dão vazão a esses fenômenos do contemporâneo? De
que maneiras a literatura contemporânea se transforma pari
passu com
as transformações do mundo, num jogo de retroalimentação? Não há
resposta para isso que não seja um devir: cada um dos artigos deste
livro é como uma caminhada pelo espaço (urbano) da literatura
brasileira contemporânea – e este, não custa lembrar, só vai se
construindo à medida que caminhamos.
Título:
Do trauma à trama: o espaço urbano na literatura brasileira
contemporânea
Série
Limiar, v. 2
Organizadores:
Ricardo Barberena e Regina Dalcastagnè
Ano
de lançamento:
2015
Número
de páginas:
364 p.
Dimensões:
12 x 17 cm
ISBN:
978-85-62989-14-8
Preço:
R$ 39,50
...e
viveram ciumentos e felizes para sempre:
uma
abordagem do ciúme no cotidiano e de como lidar com ele de forma
saudável
No
percurso de tradução do livro da psiquiatra e pesquisadora italiana
Donatella Marazziti sobre a neurobiologia do ciúme, surgiu a
curiosidade pela etimologia da palavra, a partir da minha leitura de
Roland Barthes nas páginas de Fragmentos de um Discurso Amoroso.
Pois vem do latim zelumen,
referente a uma espécie de zelo. Uma curiosa descoberta a desse
parentesco semântico, coincidindo com o exposto por Donatella
Marazziti, que aponta o ciúme, quando normal, como a salvaguarda da
relação amorosa. As variações idiomáticas do ciúme, aspecto de
excelente desenvolvimento no livro, demonstram que este é uma emoção
universal: em idiomas diversos, gêneros diversos, culturas diversas.
Ser ciumento é ser zeloso pela relação conjugal, quando o amor
está presente. E, aqui, um ponto chave que alinhava o texto da
pesquisadora: a presença do amor nas entranhas do ciúme.
“
...e
viveram ciumentos e felizes para sempre”, tradução literal do
original em Italiano, é um título bem-humorado, de um texto
acessível ao leitor leigo, ao mesmo tempo em que traz - além de
esclarecimentos, resultados de pesquisas e testes sobre o ciúme,
cientificamente fundamentados, elaborados a partir das pesquisas da
autora na área da biologia das relações afetivas - o recado de que
há possibilidade de o ciúme e a felicidade conjugal viverem em
harmonia. Mas lá adiante aparece também sua outra faceta, a
patológica, em que ele provavelmente perde a qualidade do zelo para
tornar-se louco ou, muitas vezes, agressivo e cruel. Em outros casos,
o ciúme torna-se uma busca interminável de sinais de infidelidade e
mentiras, uma busca ruminativa e sem trégua. Tais aspectos fazem
lembrar a semelhança entre tal emoção e as idéias obsessivas do
Transtorno Obsessivo Compulsivo, apontada por Donatella em seu livro
e nos estudos que conduziu com seu grupo de pesquisa.
A
literatura de ficção tem apresentado situações exemplares de
ciúme entre personagens. Na ficção brasileira, talvez o quadro
mais representativo esteja em Dom Casmurro, de Machado de Assis,
envolvendo Capitu, Bentinho e Escobar. Na narrativa de Bentinho, há
a contaminação do olhar pelo ciúme, pelas suspeitas, porque assim
acontece ao ciumento. Conforme o trabalho desenvolvido por Donatella
Marazziti, e que culminou no novo livro, o ciúme é fruto de
delicados mecanismos evolutivos que evidenciaram seu papel como
guardião do casal, papel este já presente na idéia de zelo, como
já mencionado.
Neste
livro, como em suas outras obras, Dra. Donatella diz a que veio,
mostrando a ligação da biologia com nossa formação humana em
todas as suas latitudes e longitudes, a partir da figura do ciúme,
presente em nós desde os tempos do surgimento de nosso instinto de
preservação, ou seja, desde o estágio mais primitivo de nossa
evolução.
O
livro é bom de ler , muito claro e, seguindo as demais obras da
autora, de narrativa fluente e acessível, dando aquela vontade de
continuar lendo para não perder uma linha dos conhecimentos que a
autora revela. Direcionado principalmente ao público geral,
entremeia uma série de casos clínicos reais com exposições
literárias interessantíssimas, que traduzem, de modo abrangente, o
trabalho científico e o empenho da autora em dissecar o ciúme.
...e
viveram ciumentos e felizes para sempre- uma abordagem do ciúme no
cotidiano e de como lidar com ele de forma saudável, a psiquiatra e
pesquisadora italiana, também autora do livro, best-seller na
Itália, (A Natureza do Amor, Ed. Atheneu, 2007), segue a trilha da
compreensão do repertório de emoções humanas sob a ótica
neurobiológica, apresentando elementos de nossa biologia e de nossa
cultura através dos tempos, portanto o caminho evolutivo percorrido
pelo ciúme até chegar a sua conformação atual. São apontados
tanto os exemplos em que a emoção desempenha um papel favorável na
formação e manutenção do casal, quanto aqueles casos que culminam
com ocorrências trágicas, com tantos exemplos na crônica policial.
Enfim,
“O que é este terrível monstro dos olhos verdes, que desde as
mais antigas noites infesta os pesadelos de poetas e escritores,
cônjuges e amantes?” instiga Donatella.
Título:
...e viveram ciumentos e felizes para sempre: uma abordagem do ciúme
no cotidiano e de como lidar com ele de forma saudável
Autora:
Donatella Marazziti
Tradutora:
Betina Mariante Cardoso
Ano
de lançamento:
2009
Número
de páginas:
224 p.
Dimensões:
16 x 23 cm
ISBN:
978-85-62989-00-1
Preço:
R$ 45,00
Pequeno
Alfarrábio de Acepipes e Doçuras
Pequeno
Alfarrábio de Acepipes e Doçuras, editado pela Casa Editorial
Luminara, é um livro dentro de um caderno de receitas ou vice-versa.
Na primeira parte, “Este livro pertence a”, encontram-se 66
crônicas culinárias divididas nos capítulos “Pisa além da
Torre”, “Nossas Avós”, “Encontros”, “Prosa de
Forno-e-Fogão” e “Outras Viagens”. Na segunda parte, “Caderno
de receitas de”, há 50 páginas destinadas às receitas, esquemas
e escritos a serem registrados pelo leitor, que ganha terreno para
sua própria criação. As crônicas culinárias tratam do universo
da cozinha via subjetividade de quem a frequenta, seus sabores,
aromas, sons, coloridos, suas texturas.
Os livros de receitas são, tradicionalmente, repositórios da
memória culinária de mais de uma pessoa. Isso porque, além do
autor ou autora, cada leitor deixa nele seu toque, sua marca - um
pingo de molho, uma pequena observação, uma nova receita ali
escrita ou simplesmente inserida entre suas páginas. Daí a
propriedade na escolha de alfarrábio para designar esse livro,
indiciando um escrito guardado há muito tempo. Mesmo que tenha sido
redigido hoje, resulta de uma trajetória de experiências com
"acepipes e doçuras", suas memórias e relações
significativas que propiciaram, e se apresenta como relato intimista,
convidativo, buscando cumplicidade.
Assim,
começamos a leitura já empaticamente envolvidos, algo que se adensa
à medida que surgem revelações e reflexões sutis, num mix sui
generis e muito gostoso de ler. A autora acertou a mão no texto como
nas receitas e certamente vai conquistar leitores: pela gourmandise,
em curiosa mescla com experiências fraternas e informações
ponderadas e oportunas sobre os processos neuroquímicos envolvidos
na percepção do prazer e do sabor. Sim. Porque quem escreve sabe o
que está dizendo: de forno e fogão e do intrincado e misterioso
universo da relação mente-corpo no ser humano. Esse é o toque a
mais que garante a originalidade do trabalho, muito além de um livro
de receitas, pois envolve o leitor em inusitado périplo pela
cozinha, pelos afetos, pelas andanças e pelos meandros dos
conhecimentos da médica Betina Mariante Cardoso.
Título:
Pequeno Alfarrábio de Acepipes e Doçuras
Autora:
Betina Mariante Cardoso
Ano
de lançamento:
2012
Número
de páginas:
232 p.
Dimensões:
14 x 21 cm
ISBN:
978-85-62989-07-0
Preço:
R$ 34,00
Encontros
com a História da Medicina
O
significado de encontro
pode ter muitas possibilidades de interpretação, mas neste livro
refere-se aos tantos momentos históricos que marcaram o percurso da
Medicina no Rio Grande do Sul, seja pelos fatos em si ou pelas
personagens que deles participaram. A História da Medicina é rica
nesses dois aspectos. Na presente obra, o leitor tem a oportunidade
de descobrir múltiplos relatos, escritos por médicos, historiadores
e estudantes em formação nas duas áreas, que revelam um pouco de
seus projetos de pesquisa, apresentados na II Jornada Gaúcha de
História da Medicina. É interessante refletir o quanto o passado
promove e qualifica o presente, a partir de cada um dos capítulos
que compõem o livro.
Título:
Encontros com a História da Medicina
Organizadores:
Maria Helena Itaqui Lopes, Luiz Gustavo Guilhermano, Leonor Carolina
Baptista Schwartsmann
Ano
de lançamento:
2013
Número
de páginas:
384 p.
Dimensões:
15, 5 x 23 cm
ISBN:
978-85-62989-08-7
Preço:
R$ 38,00
Registros
da História da Medicina
Este
é o terceiro livro de uma trilogia histórica; foi antecedido por
“Páginas da História da Medicina” e “Encontros com a História
da Medicina”. Todos registram trabalhos e palestras proferidas em
Jornadas da História da Medicina, realizadas em Porto Alegre pela
Associação Gaúcha de História da Medicina. Preservar e valorizar
os fatos dão o suporte necessário para que se compreenda a nobre
arte médica. Esse entendimento transcende o profissional da área,
uma vez que os conhecimentos aqui apresentados são de interesse
geral na forma cultural em que são abordados. Grande ênfase é dada
aos aspectos educativos para os apreciadores da boa leitura, que
buscam nas páginas deste livro momentos de aprazível deleite.
Organizadores:
Maria Helena Itaqui Lopes e
Leonor Carolina Baptista Schwartsmann
Ano
de lançamento:
2014
Número
de páginas:
328 p.
Dimensões:
14 x 21 cm
ISBN:
978-85-62989-10-0
Preço:
R$ 42,00
Episódios
da História da Medicina
Este
livro é resultante da compilação dos trabalhos apresentados e da
palestra proferida na IV Jornada Gaúcha de História da Medicina,
realizada em Porto Alegre, pela Associação Gaúcha de História da
Medicina (AGHM) em 2014. O entusiasmo crescente de novas gerações
de estudantes de Medicina e História com as possibilidades de melhor
compreender suas profissões condicionou a edição destes
"Episódios". Além do Prêmio Rubens Maciel, entregue para
os dois melhores trabalhos apresentados na área da Medicina e dois
em História, outros seis dos trabalhos aqui presentes foram
agraciados com o Prêmio Carlos Lacaz, da Sociedade Brasileira de
História da Medicina em 2014. Com isso, pode-se inferir a qualidade
e o interesse desses jovens pesquisadores em tão importante
temática. A História da Medicina, com seus valores fundamentais,
persiste viva aqui, norteando a trajetória, dando o devido
embasamento e estimulando o engrandecimento contínuo da profissão
médica.
Título:
Episódios da História da Medicina
Organizadores:
Maria Helena Itaqui Lopes e Luiz Gustavo Guilhermano
Ano
de lançamento:
2016
Número
de páginas:
304 p.
Dimensões:
14 x 21 cm
ISBN:
978-85-62989-15-5
Preço:
R$ 38,00
Memórias
de um corpo eviscerado
“Memórias
de um corpo eviscerado”, obra ficcional de Elizabeth Brose, doutora
em Teoria da Literatura, conta a saga de uma mulher, revisitando suas
memórias e reflexões fragmentadas, para compreender a si mesma como
um ‘corpo’, uma unidade. Para aqueles que sentem angústia ou
passam por tratamentos mais sérios, há muitas vezes a vontade de
compartilhar recordações nesse tempo de prognósticos, observação
de si mesmo e reavaliações. Assim faz a personagem principal de
“Memórias de um corpo eviscerado”, com nenhum e vários nomes. O
livro convida a entrar nos pensamentos dessa personagem-paciente, que
ora se lamenta, ora se distrai, mas, acima de tudo, deixa sua marca,
elabora sua história e se conhece através dela.
Entre
descobrir quem é o verdadeiro eu e reencontrar a feminilidade no seu
corpo eviscerado, a personagem nos conduz para dentro dos livros que
lê: duas histórias dentro da trama principal. São as leituras da
personagem: uma narrativa de guerra e outra sobre infância e novas
tecnologias. “Memórias de um corpo eviscerado” é leitura
imperdível para quem gosta de narrativa cadenciada, incomum, de
leitura rápida, mas que prende a atenção.
A
narrativa ficcional é acompanhada por ensaios nas áreas de Estudos
Literários (Prof.ª Dra. Fabiane Verardi Burlamaque) e Humanidades
Médicas (Prof. Dr. Ricardo Tapajós), além de um ensaio sobre a
edição do livro (Betina Mariante Cardoso, Médica Psiquiatra e
Mestre em Psiquiatria; fundadora e diretora da Casa Editorial
Luminara).
Título:
Memórias de um corpo eviscerado
Autora:
Elizabeth Brose
Ano
de lançamento:
2011
Número
de páginas:
128 p.
Dimensões:
14 x 21 cm
Preço:
R$ 46,00
Da guerra ao porto alegre:
Memórias de Simcha Brodacz
Contar,
escutar, traduzir. São estes os principais verbos que deram origem
ao livro “Da guerra ao porto alegre: Memórias de Simcha Brodacz”,
escrito pelo médico psiquiatra Fábio Brodacz. Simcha é
sobrevivente do holocausto, Fábio é seu filho. Simcha contou para
Fábio suas histórias de vida, da guerra ao seu porto, o porto
alegre, onde criou raízes. Em Porto Alegre, fez casa, família,
trabalho. Raízes. Fábio escutou Simcha em encontros combinados,
imbuído do desejo de transformar esta escuta em relatos sobre o
percurso de seu pai. E então, Fábio traduziu, em palavra escrita,
dores, perdas, trajetos, superações, alegrias, encontros,
resiliência. Fábio seguiu a linha de tempo de Simcha através de
ferramenta tão presente em sua atividade como psiquiatra, a escuta:
o resultado foi a tradução das vivências em textos que tramam
memórias e licenças poéticas.
“Um
filho ouviu a história de seu pai. Daí a achar a sua própria num
livro fascinante foi um passo.”, registra o médico psiquiatra e
escritor Celso Gutfreind, ao prefaciar a obra do colega e amigo. Ao
receber os originais para avaliação, tocou-me refletir sobre seu
conteúdo e sobre sua forma, mas algo transbordou para além destes
pontos: a força do processo de criação do livro. O pai que conta
ao filho sua história de sobrevivência à guerra, o pai que conta
ao filho sua instalação em um outro país, em uma outra cidade, o
pai que conta ao filho a formação de sua família nesta nova
cidade. E então o filho torna-se personagem da história do pai. E o
pai torna-se narrador de sua história para o filho, que a escuta, a
traduz, a molda em prosa e poesia. O filho torna-se, pois, narrador
da história do pai. Fábio, o filho, conta a história de Simcha, o
pai, em um tecido de lembranças e de imaginação, no ano em que o
primeiro celebra seus 40 anos e o segundo seus 80. Temos, aqui, 120
anos de histórias entrelaçadas.
Título: Da guerra ao porto alegre: memórias de Simcha Brodacz
Autor:
Fábio Brodacz
Ano
de lançamento:
2013
Número
de páginas:
104 p.
Dimensões:
14 x 21 cm
ISBN:
978-85-62989-09-4
Preço:
R$
32,00
O
desatador de nós
Os
feitos de um homem misterioso em um vilarejo, as esperanças e
expectativas de uma comunidade, os "nós" apertados de cada
um, a beata, o polêmico...Uma história recheada de imaginário e,
ao mesmo tempo, de uma crítica mansa e perspicaz de tipos humanos e
de situações típicas do universo contemporâneo.
Nesta
narrativa de estreia do médico e escritor Jocelyn Spolaor Jr. -
conto longo ou novela, como se queira chamar - encontramos, inerente,
o entrelaçamento entre o ouvir e o contar histórias, uma aliança
tão antiga quanto atual da Literatura com a Medicina. Conforme
estuda o campo das Humanidades Médicas, a intersecção destas áreas
é profícua para médicos, pacientes e para a comunicação entre
ambos. O livro integra o campo de estudos e publicações em
Literatura e Medicina da Casa Editorial Luminara.
Título:
O desatador de nós
Autor:
Jocelyn Spolaor Jr.
Ano
de lançamento:
2011
Número
de páginas:
30 p.
Dimensões:
14 x 21 cm
ISBN:
978-85-62989-06-3
Preço:
R$ 22,00
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